segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

É a vida.


    Ela já tivera vários relacionamentos; vários rolos, namorados, ficantes, companheiros, amizades coloridas… Enfim, vários homens. Todos eles lhe respeitaram, deram carinho, eram sensíveis e a compreendiam; nenhum deles resistira aos seus encatos, seus caprichos, seus beicinhos e seus muxoxos. Mandara e desmandara. Fizera gato e sapato. Fizera calar até o mais "intelectual"; fizera sussurrar até o mais insensível. Não tivera um que não cedesse às suas vontades. Mas nunca se apaixonara de verdade; jamais amara qualquer um deles. Eram apenas joguinhos, brincadeiras, que um dia ela perdia o interesse e partia sem mais nem menos "para outra". E não tardava a encontrar um outro; e esse pobre outro, como os demais, não resistia àquele corpo, àqueles sussurros, àqueles beicinhos e àquelas lágrimas. Ela não conseguia evitar; logo perdia o interesse. Todos eles era "perfeitos, mas sem sal". Ela não sabia explicar; eles apenas eram tão… Sem graça.

    Se apaixonou perdidamente pelo primeiro que a segurou pelo braço e disse "Chega. Cala boca e vai pegar minha cerveja".

     É a vida.

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