quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Pecado pirata

    "Eu não tenho o pecado original. Era muito caro. Baixei da internet e depois gravei eu mesmo em cedê."
    Autoria de Fischer do blog Tirando Borboleta dos Cabelos
 

    Roubei daqui esse post.
    Comentário pessoal: Ge-ni-al.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

domingo, 26 de dezembro de 2010

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Só eu não quero ver

    E eu, como uma idiota, conto os segundos esperando as respostas.
    Respostas que não vêm.
    Respostas que jamais virão.
    E só eu não vejo isso.
    Só eu não quero ver.
    Só eu.
    .

[...]

   "As vezes o melhor jeito de falar a verdade é fazer parecer mentira..."
    — Hã?
    Nada não.

sábado, 2 de outubro de 2010

domingo, 26 de setembro de 2010

Ela só precisava

    Ela só precisava que ele a tomasse no colo... Que a abraçasse, a embalasse... E dissesse que ía ficar tudo bem.
    Mas ela sabia que não.
    E entre todas as mentiras que ela já ouvira e pelas quais já chorara...
    Essa era a qual ela não queria mesmo ouvir.

[...]

    De vez em quando ela tinha tanto medo das coisas que dizia que se perguntava porque as pessoas ainda a suportavam.

sábado, 11 de setembro de 2010

[...]

    Ou o universo conspira contra mim ou eu sou realmente muito incompetente em administrar minha própria vida.
    [e dessas duas opções eu ainda não sei qual é a 'menos pior']

sábado, 4 de setembro de 2010

[...]

    Ela tinha a CERTEZA de que alguém tinha que ceder.
    Alguém que não fosse ela, claro.

[...]

    - Pai. Mãe. Eu tenho uma coisa pra contar à voc...
    - Estás grávida?!
    - Não!
    - Ah. Droga. ¬_¬

Não é egoísmo, é REALISMO

    Pela ÚLTIMA vez...
    Não é egoísmo; é REALISMO! ¬_¬

    Dando um exemplo...
    J: Se eu ganhasse na mega sena, eu daria SIM um milhão pra cada um de vocês!
    A: Ah, eu também!!! Daria um milhão pra CADA um de vocês aqui, heim...
    L: Isso aí! Eu também... Daria uns oito milhões, dividindo pra gente aqui... Um milhão pra cada um sem contar eu, claro... Mas eu daria sim... CLARO! Na hora... SEM PENSAR!
    J: E tu, weber?
    W: Eu não.
    J, A, L, V, M, M, G, B: O_O..... =O... Que egoísmo..... Bem coisa da Weber, né..... Se eu ganhasse, um milhão eu SÓ não daria pra weber..... É, tinha que ser a Weber pra dizer/fazer algo assim..... É, né..... Bem egoísta, heim! De oitenta e cinco milhões tu diz que não dava nem OITO pros teus amigos?!.....
    W: Não é egoísmo, é realismo. ¬_¬ TODO MUNDO aqui fica dizendo... "Oh! Se eu ganhasse eu daria um milhão pra cada um de vocês, meus amigos! Daria NA HORA! SEM PENSAR!" e tudo o mais... Mas ninguém se IMAGINA com a dinherama toda na mão... Ninguém para e se vê ganhando oitenta e cinco milhões DE VERDADE e dando sem pensar uns milhões [que não, realmente não farão 'falta'] pros amigos... Com certeza NA HORA, no VAMOS VER seria algo como... "Eu? Oito milhões pra cada um de vocês? EU disse isso?! QUANDO isso?! Ahhhh... Nããão, não... Era brincadeeeeira, né... Bah, conversa, tal... Heim? Não, mas eu não prometi NADA à vcs! Isso foi uma conversa tola, tals....."; seria isso. EXATAMENTE isso. Mesmo sendo só uam conversa entre a gente [não que eu não ache que um de nós pode vir a ganhar, só... Acordem, né] eu não vou dizer que daria porque parando e pensando eu não faria isso MESMO! Talvez, com o dinheiro na mão, sei lá... Eu pensasse diferente, eu visse que... Sei lá, que quem sabe eu daria sim. Mas em primeiro plano eu não daria e nem DIRIA que daria, não.
    J, A, L, V, M, M, G, B: Pfff..... Bem coisinha da Weber..... Até parece..... Egoistasinha.....

    ¬_¬
    Como eu disse..... Não é egoísmo, é REALISMO. Mas todo mundo considera frieza demais admitir/fazer algo assim.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

[...]

    Se eu tenho medo que as pessoas me decepcionem? Sim, eu tenho sim.
    ...
    Ou não, talvez eu não tenha não.
    Depende.
    Do quê?

    Descubra.

[...]

    E depender dos outros...
    (como sempre)
    É uma MERDA

[...]

    Eu só quero estar em paz comigo mesma.
    Estar em paz com o mundo.
    Estar em paz com a vida.
    Estar em paz com a morte.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

[…]




— Agora eu sei… O quanto faz falta… O quanto eu necessito… O quanto eu perdi… O quanto mudou.
— Nossa… Profundo.
— É…
— É…
— …
— Do que falávamos mesmo?
— Esqueci.  .-.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ninguém muda por nós

    Uma coisa com a qual as pessoas deviam se conformar – principalmente as garotas – é… NINGUÉM MUDA POR NÓS!
    É sério. Gente, é sério, é muito sério. NINGUÉM jamais vai "mudar" pela gente. Se conforme, não é difícil: ninguém vai mudar por você.
    As pessoas mudam – se é que mudam – quando bem intendem! Um cara não deixa de ser "cachorro" da noite pro dia porque conheceu você!, porque você é legal, é bacana, é bonita, é boa na cama, faz tudo por ele, rola A química entre vocês… Não! Esqueça, menina. Ele vai mudar quando achar que está na hora de sossegar, quando achar que o que ele faz não é muito legal, sei lá. Enfim: Vai mudar quando bem entender.
    E uma coisa que as pessoas deviam parar de desejar é alguém que mude por elas "como prova de amor". (¬¬) Gente… "Prova de Amor" o K7! Isso é puta egoísmo por parte de quem deseja tal coisa. E uma coisa que as pessoas deviam pensar é que quando alguém muda por nós – seja para melhor, seja para pior; seja por "culpa" nossa e/ou da pessoa – e não por ela mesma, então isso se torna falsidade pois ela estaria sendo outra pessoa! Estaria mentindo tanto para ela quanto para você.
    E isso – REALMENTE – não é legal. =/
    Gente… Principalmente agora, Dia dos Namorados, chegando e tals… Aprendam a aceitar mais as pessoas como elas são. Aprendam que se você não gosta da pessoa como ela é… Não insista! Curta o que tem para curtir, aproveite o que rolar… Mas não insista em algo que não vai dar certo forçando. Não tente mudar os outros nem que seja para "melhorá-los" ao seu ponto de vista (até porque, você pode estar longe de estar certo, não é mesmo?).
    E outra coisa: Aprendam também a se conformar! Meninas… Principalmente NÓS temos que aprender isso. Temos que aprender a nos conformar que um cara "canalha" (que você sabe que é canalha de carteirinha) CONTINUARÁ sendo um canalha até que ELE decida mudar. Pronto. Deu. É isso! Não tentem mudar essa realidade, garotas; pro seu próprio bem. Aprendam ainda que o príncipe pode virar sapo de uma hora para a outra e sem mais nem menos (e também que a "culpa" dessa mudança quase sempre não será sua)! É isso, acontece. Você conhece O cara mega super ultra power bacana… Que é carinhoso… Divertido… Companheiro… Legal… Você tem a certeza que ele é o "cara certo"… Confia completamente nele… A relação "sobe alguns níveis"… E pouco tempo depois você descobre que tem mais galhos que uma árvore, que já possui esses "pares de galho" há um booom tempo, que todo mundo sabia, que seu mundo "desmoronou", que você foi enganada, que fez papel de idiota, que deu tudo de si pra alguém que, pelo pareceu, só mentiu pra você até conseguir o que queria… ENFIM, acontece com mais frequência do que deveria mas acontece! Porque "garotos são garotos e garotas são garotas" (deu pra entender ou parece que eu estou viajando aqui? oO)!
    Ai… Há tanta coisa mais que eu gostaria de poder dizer aqui nesse post… Mas como eu dúvido que eu alguém leia ao menos a METADE desse texto, não vou prolongá-lo mais. Mas se ALGUÉM (algum bravo e corajoso guerreiro, quem sabe…) vir a ler esse texto inteiro eu peço que reflita um pouquinho a respeito e deixe um comentário (se já não for 'pedir' muito, claro heheh).
    Bom, pitxoulinhos… Boa Noite procêis. Inté amanhã e um ÓTEMO Dia dos Namorados pra todo mundo! =D

terça-feira, 8 de junho de 2010

[...]

    Sempre que alguém diz algo como "Apesar de tudo você é muito especial pra mim" é porque você não é especial P...! alguma.

sábado, 5 de junho de 2010

mas será que é possível alguém morrer de TÉDIO?!?!?!

    MEU DEEEEUS!!! MAS SERÁ QUE ALGUÉM PODE MORRER DE TÉDIO?!?!?!?!
    Ah não? Não pode?
    Então ALGUÉM POR FAVOR ME MATE LOGO!!!!
    Boa Noite! ¬¬

segunda-feira, 24 de maio de 2010

[...]

    Quanto mais ele achava que ela precisava dele, mais ela tinha a certeza que não.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Quem liga?

    Quem liga se você faz tudo certo se você não pede desculpas quando tem certeza que não está errada, reclama quando acha injusto, fala quando não concorda, questiona querendo saber porque e nunca se esforça pra parecer meiga, ingênua e/ou arrependida pras pessoas certas?
    Agora, quem liga se você burla as regras o tempo todo se você está sempre se desculpando para as pessoas certas quase com lágrimas nos olhos, sempre com sorrisinhos e olhares ingênuos, sempre com respostas queridinhas e agradinhos?
    É, de vez em quando eu acho que devia ser mais VACA pra ver se me ferro menos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

[...]

    Por que se leva meio segundo pra dizer "olá" e uma vida inteira pra dizer adeus?

quinta-feira, 29 de abril de 2010

[…]

    Quando você está na fossa parece que todas as músicas fazem sentido. u_u
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Por que pessoas legais moram longe?

    O nome da comunidade que eu estava vendo (e tenho, até) é:
    Simples. Por que estão longe e é muito cômodo sempre associar as palavras legal e longe como uma "desculpa" pra como anda seu relacionamento com as pessoas a sua volta;
    Porque é mais fácil dizer que a vida é uma droga e que pessoas legais sempre moram longe do que abrir os olhos pra quem está bem ao seu lado. Não é?
    (tá, tá; de vez em quando eu também acho que é porque a vida é mesmo uma droga e pessoas legais moram mesmo longe, mas tudo bem. -.-")

Já estava cansada demais pra buscas as respostas

    Por que era tão difícil quebrar o silêncio entre eles? Por que era tão complicado transpor a barreira da indiferença? Por que as palavras doces hoje soavam como ameaças? Em que momento as alegres risadas dela, antes constantes, se calaram? Quando foi mesmo que o seu sorriso se tornou só mais uma máscara?
    Ela só queria que ele por favor lhe dissesse, pois já estava cansada demais pra buscar as respostas. 



domingo, 25 de abril de 2010

Hoje

    Hoje eu não tenho a mínima vontade de descobrir se o céu é azul,
    Se os pássaros cantam ou se a vida é bela.
    Hoje eu só quero ficar aqui esquecendo de tudo;
    E – por que não? –,
    Esquecer quem eu sou.

domingo, 18 de abril de 2010

[...]

    "Perfeito" é uma palavra que no momento eu não sei se realmente existe nem se deveria existir.

um mês sem postar nada!,

    Nossa, um mês sem postar nada! Credo.
    Mudando de assunto… Blog de 'cara nova', agora. \o Template novo, o outro estava muito cute – e cute é completamente o que não ando sentindo ultimamente. Não que queira dizer grande coisa essa 'mudança' por aqui, afinal eu mesma como a Contradição em Pessoa estou mudando o tempo todo.
    Enfim, nada mais a dizer por aqui. Não ando lá com um humor lindo de morrer então… É, é só isso.
    Boa Noite.

quarta-feira, 17 de março de 2010

[…]

    As vezes eu penso que o texto sai como um desabafo…
    E se não é sempre que alguém quer te ouvir, por que seria sempre que  alguém iria querer ler?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Demais! ¬¬

    Magra demais…
    Gorda demais…
    Alta demais…
    Baixa demais…
    Estudiosa demais…
    Relaxada demais…
    Agitada demais…
    Calma demais…
    Bonitinha demais…
    Feinha demais…
    Ousada demais…
    Sem-sal demais…
    CHEGA!
    Será que TUDO nessa vida tem que ser demais?!

[…]

    Era tão fácil, tão fácil, mas TÃO fácil que ela desistiu.

[…]

Bonita era,
Graciosa não.
Bela poderia até ser…
Porém doce, jamais.
Pelo contrário,
Sua beleza trazia junto um veneno
No qual muitos já se embebedaram.

terça-feira, 9 de março de 2010

[…]

    Fez que nem cachorro magro: comeu e foi embora.

[...]

    As vezes aquele seu amigo só vai te dar ouvidos quando algo na cabeça dele começar a pesar.
    (algo que não vai ser a consciência…)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

[...]

    A vida é uma velha sádica, sarcástica e banguela.

[...]

    A verdade era que aquele idiota fazia falta.
    Não por qualquer motivo em especial… Apenas por ser aquele idiota.

É a vida.


    Ela já tivera vários relacionamentos; vários rolos, namorados, ficantes, companheiros, amizades coloridas… Enfim, vários homens. Todos eles lhe respeitaram, deram carinho, eram sensíveis e a compreendiam; nenhum deles resistira aos seus encatos, seus caprichos, seus beicinhos e seus muxoxos. Mandara e desmandara. Fizera gato e sapato. Fizera calar até o mais "intelectual"; fizera sussurrar até o mais insensível. Não tivera um que não cedesse às suas vontades. Mas nunca se apaixonara de verdade; jamais amara qualquer um deles. Eram apenas joguinhos, brincadeiras, que um dia ela perdia o interesse e partia sem mais nem menos "para outra". E não tardava a encontrar um outro; e esse pobre outro, como os demais, não resistia àquele corpo, àqueles sussurros, àqueles beicinhos e àquelas lágrimas. Ela não conseguia evitar; logo perdia o interesse. Todos eles era "perfeitos, mas sem sal". Ela não sabia explicar; eles apenas eram tão… Sem graça.

    Se apaixonou perdidamente pelo primeiro que a segurou pelo braço e disse "Chega. Cala boca e vai pegar minha cerveja".

     É a vida.

Numa tarde de outono [2]


    Bom, esse foi um trabalho feito para o colégio no ano passado… Nos foi dado um início e devíamos dar o desenrolar de um conto. Gostei tanto que acabei fazendo duas versões (essa é a segunda, gostei mais); só não postei antes pois achei que tinha perdido, hehe. ;P

  

    Numa tarde de outono, um jovem resolveu visitar sua namorada. Ao chegar à casa dela, descobre que a porta estava aberta. Estranhou, o resto da casa estava fechada e ela nunca esquecia nada aberto, ainda mais a porta! (morria de medo de assaltos) Nem pensou em ligar, estava só de passagem e não iria demorar mesmo. Virou-se para partir quando algo como um estalo em sua cabeça o fez parar.

    A rua estava deserta! (por que uma rua tão movimentada enexplicavelmente estava sem viva alma?) O dia estava nublado e frio, quase escuro e, mesmo assim, não havia nenhuma luz em nenhuma casa!

    Virou-se num sobressalto quando um carro passou ao longe (muito longe) e num impulso correu de volta à casa.

    Parou com a mão na maçaneta da porta.

    Estava entreaberta.

    Devia ter sido o vento.

    Não havia vento.

    Olhou para cima e viu uma luz bruxuleante no andar de cima; como a luz maliciosa de velas se insinuando pelas cortinas do quarto antes escuro (o quarto estava mesmo escuro ou ele não vira isso antes?). Sentiu um cubo de gelo descer até o estômago ao tentar respirar fundo.

    Percebeu que estava suando. E tremendo. O silêncio comprimia seus ouvidos. Sua cabeça começava a rodar. Sentia que ia gritar…

    Então escancarou a porta.

    E foi tudo muito rápido. Teve de relance o horror da consciência do que estava ocorrendo a sua volta. As velas, o circulo no chão com aquelas coisas, o cheiro no ar, de almíscar e… Algo mais. Mas logo em seguida tudo escureceu, antes que pudesse entender qualquer coisa. O grito silenciou-se em sua garganta.

    Um corpo caiu no chão, ao lado do primeiro. E a última vela se apagou.

    Nesse momento um trovão rasgou o céu e a chuva desabou.

    Um cachorro uivou ao longe. A dona de casa correu para recolher a roupa. Um carro virou a esquina. As luzes dos postes se acenderam. Uma criança começou a chorar.

    A casa permaneceu fechada. Os vizinhos achavam que a moça havia voltado para o interior e vendido a casa. Não havia animais lá; sem motivos aparentes nem gatos, nem cães, nem andarilhos, nem mesmo a hera invadia aquele terreno.

    Anos mais tarde uma jovem recebia a chave da belíssima casa que comprara de um simpático senhor que lembrava seu avô de tão idoso e frágil que aparentava ser.

    — Acho que é só, obrigada – disse ela com um sorriso.

    — Não há de que, disponha – respondeu ele com um sorriso e um brilho no olhar que ela infelizmente não percebeu.

    Ela não sabia o que lhe aconteceria.

    Meses mais tarde os vizinhos acharam que a casa havia sido novamente desocupada e vendida.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Numa tarde de outono [1]


    Bom, esse foi um trabalho feito para o colégio no ano passado… Nos foi dado um início e devíamos dar o desenrolar de um conto. Gostei tanto que acabei fazendo duas versões (essa é a primeira); só não postei antes pois achei que tinha perdido, hehe. ;P


 

    Numa tarde de outono, um jovem resolveu visitar sua namorada. Ao chegar à casa dela, descobre que a porta estava aberta. Estranhou, o resto da casa estava fechada e ela nunca esquecia nada aberto, ainda mais a porta (morria de medo de ladrões)! Nem pensou em ligar, estava só de passagem e não iria demorar mesmo. Virou-se para partir quando algo como um estalo em sua cabeça o fez parar.

    A rua estava deserta! – por que uma rua tão movimentada estava sem viva alma? – O dia estava nublado e frio, quase escuro e, mesmo assim, não hhavia nenhuma luz em nenhuma casa. Virou-se num sobressalto quando um carro passou ao longe (muito longe) e num impulso correu de volta à casa.

    Parou com a mão na maçaneta da porta.

    Estava entreaberta.

    Devia ter sido o vento.

    Não havia vento.

    Olhou para cima e viu a luz bruxuleante no andar de cima; como a luz maliciosa de velas se insinuando pelas cortinas do quarto antes escuro (o quarto estava mesmo escuro ou ele não vira isso antes?).

    Sentiu um cubo de gelo descer até o estômago ao tentar respirar fundo. Percebeu que estava suando… E tremendo… O silêncio comprimia seus ouvidos… Sentia que ia gritar…

    Escancarou a porta.

    A casa estava um breu. Arfando (sem saber porquê) tentou perguntar se havia alguém alí quando descobriu que a voz não lhe obedecia. Havia um ruído baixíssimo no ar, mas ele nem percebeu. O que o fez entrar ignorando sua vontade de sair correndo; e subir as escadas invejando as patas silenciosas de um gato, foi o cheiro.

    Um cheiro fortíssimo. Era como uma mistura de ervas desconhecidas (doces e enjoativas) e… Algo mais.

    Parou em frente a porta do quarto. Estava encostada e a única luz da casa escapava dançando por baixo dela; só então se deu conta da música. Era uma nota grave cantada ininterrupyamente (os monges cantavam coisas assim, não?)

    Com um toque suave empurrou a porta e ela se abriu.

    Sua respiração parou.

    Aleatoriamente constatou que o algo mais era sangue.

    Aquela cena não podia ser real! Devia estar sonhando! Devia…

    Não viu mais nada; um grito calou-se em sua garganta. O corpo caiu no chão ao lado do primeiro, apagando a última vela.

    Nesse momento um raio partiu o céu e a chuva desabou. A dona de casa saiu correndo para recolher a roupa; alguns carros viraram a esquina; uma mãe gritou para o filho entrar em casa; um cachorro uivou ao longe.

    A casa permaneceu fechada por anos. Ninguém sabia quem a havia comprado. E nem mesmo cachorros ou andarilhos se atreviam a cruzar aquele portões.

    Diziam que era mal assombrada.

Ela só queria ir pra casa…


    Ela já estava cansada de tudo isso, só queria ir pra casa.

    Pena que não sabia mais onde ficava.

    Certa vez lhe disseram que era onde estivesse seu coração; mas ela também não sabia mais onde estava. Olhou para trás; para sua vida. Procurou, desesperada, por algum lugar, algo, algum momento em que o tivesse perdido… Mas não conseguia sequer se lembrar dele.

    Uma imagem. Um menino, um garoto. Um rosto vago de uma criança de no máximo quatro anos que não lhe dizia nada lhe veio à mente. Sentiu vontade de chorar sem saber porquê; mas não lembrava como era chorar.

    Sentiu que a vida tinha algum sentido, alguma coisa que ela há muito perdera. Só não sabia o quê nem porquê.

    Suspirou. Ela já estava tão cansada de tudo isso… Mas isso o que, mesmo?

    Exausta, fechou os olhos. Bom, tanto fazia… Ela só queria ir pra casa.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

“Desligou o telefone. Deu uma risadinha Sacana.”


    — Oi amor! Que saudades!!! Nossa e como vai a viag… Heim? Ah… Ligou pra isso mesmo, é… O quê?! Poxa, mais uma semana?! …Seminário atrasou… Uhum, é… Aham, sei… Poxa, mas… Não, não! Não estou te cobrando, eu… Sim, amor! Eu sei, já me disseste como as reuniões são cansativas, sei que as negociações são difíceis, mas… Hm? …Não, não estou brava, só estou um pouco chateada. Estava te esperando ainda hoje, né. Mandei preparar um jantarzinho com aquel… Sim, amor, eu sei o que o quanto você destesta essas viagens, sempre tão cansativas, nunca têm hora pra terminar, e é compromisso atrás de compromisso… Heim? …Hm, eu sei… Nossa, pobre de você, querido, eles nunca têm dó… Uhum… Sei. Sim, eu sei. Não fica chateado, tudo bem, eu entendo… Ah, não, é que sempre fazem isso com você. Ano passado inteiro foi a mesma coisa: aquelas semanas em Angra… Nova York… Milão… Poxa, até pro interior da Inglaterra te mandaram e… Sim, eu sei, você já me explicou que esses empresários são meio exêntricos e só vão aonde querem, mas "Costão do Sauipe"?! Não tinha um lugar mais perto, não? …Ah, tudo bem, amor. Me traz uma lembrancinha? …hehe, "chapéu de palha", tu vais ver! Bobo… Sim… Eu sei… Também te amo amor… Sim, mas não esquece de ligar amanhã, tá? Estou com saudades… Sim, beijo… hehe, outro pra ti… Te amo… Xau.
    Desligou o telefone. Deu uma risadinha sacana.
    — Pode ficar. Meu marido não volta hoje.

[…]


    Ela queria fazer amor; ele só queria "dar uma trepada".

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

--‘

    Um dia desses (ok, foi há muuuitos dias) conversando com um amigo que vou chamar de T. Sukita (não, esse não é o nome nem o apelido dele. Se algum dia ele vier a ler essa postagem vai entender o porque do condinome), dizer algo como "pare de ser lasciva". A última vez que vi essa palavra foi há tantos anos e num livro tão antigo que nem me lembro o nome; Na hora achei que tinha encontrado o nome certo pro blog! Claro, parecia que até a fonética encaixava!

    Mas como nada na vida é perfeito, esse blog já existia.

[...]

    No dia que eu encontrei as respostas para todas as suas perguntas você parou de dizer que sou complicada para me acusar de ser sem-graça.

Happy New Year?


    Ano Novo, vida nova... e blablablablá...
    Vou ser rápida aqui, estou só de passagem: Desculpem a demora, mas é que "férias" são "férias", não? É, eu sei que não, mas tudo bem.
    (Não que um batalhão leia meu blog mas...) Um beijão à todos - não sei bem porque - e um ano inesquecível.

    Bom, acho que por enquanto é só, eu disse que seria breve.
                Aguardem continuação.