segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

[...]

    Seu estômago parecia feito de gelatinha!... Suas pernas tremiam!... Sua cabeça girava!... O ar lhe faltava!... O mundo tremia!...
    E o pior é que nem era amor, era indigestão mesmo.

domingo, 20 de dezembro de 2009

sábado, 19 de dezembro de 2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

imbecil

imbecil
    adj. 2 gén.
    Fraco de corpo e de espírito; parvo; que manifesta imbecilidade.



        Sabe... Eu sempre gostei dessa palavra.

[...]

"Tão perto e ao mesmo tempo... Tão longe"

...Um perfeito idiota!

    Ela achava que ele era um idiota. Um perfeito idiota. Um COMPLETO idiota. Um calhorda. Um imbecil. Um... Um... Uma... Uma BESTA!
    Mas também achava...
    Que idiota maior ainda era ela mesma, porque mesmo sabendo de tudo isso... Ainda não podia evitar de chorar... Por ele; e de virar as noites pensando... 
    Nele.

[...]

    E ainda tinha a coragem de mentir pra mim, a vagabunda.
    Mas mentia tão bem e ainda por cima com aquele jeitinho... De menina que sem querer virou mulher...
    Que eu até me esforçava pra acreditar.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

[...]

É quando você acha que já sabe tudo que a vida vem te mostrar que você não sabe é NADA.

[...]

    Sabe, é a sensação de impotência que te mata.
    É a sensação de que está escapando por entre seus dedos e não se pode fazer nada o que acaba com você. Meu Deus e como acaba.

Mas os olhos...

    Sua boca me dizia sim mas os olhos...
    Estes me diziam não. E divido entre o desejo e o sentimento eu não sabia bem o que fazer.

[...]

...É que com o tempo você perde a paciência e a educação.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

...Como Harry contemplando o espelho.


    Alguém lembra do primeiro volume de Harry Potter (Harry Potter e a Pedra Filosofal)? Aquela parte em que Harry encontra o Espelho de Ojesed, que tem o poder de mostrar aquilo que mais queremos até nossos desejos mais profundos que as vezes até desconhecemos e que no entanto apenas nós podemos ver; se outra pessoa estiver na mesma hora em frente ao espelho verá refletido apenas os seus desejos, jamais o nosso...
    Bom, então, as vezes eu me sinto como Harry pequenino, com onze aninhos e de pijaminha, que ao descobrir o espelho toma um enorme susto quando vê nele refletida toda sua falecida família que jamais conheceu bem atrás de si. A partir daí ele sai da cama todas as noites para virar as madrugadas contemplando o enigmático espelho e as imagens que nele vê refletidas.
    Todas aquelas pessoas, a maioria de olhos tão verdes quanto os dele, se parecem tanto com o próprio Harry! Elas sorriem e acenam para ele. Seus pais estão bem atrás dele e quando seu pai põem as mãos em seus ombros ele praticamente pode sentir mas quando se vira eufórico é a parede de pedra da sala o que ele vê. Então de noite ele vai até lá, noite após noite, todas as noites.
    Bem, me sinto como Harry contemplando o espelho. Tudo o que ele mais quer está alí, ao alcance de sua mão... Porém é apenas um espelho e suas imagens não passam de uma ilusão.

[...]

Porque se alguém te trata como um cachorro e te "chuta" pra longe, você não vai voltar abanando o rabinho, vai?

[...]

Tudo muda e certas coisas nunca mudam.

[...]

Não é isso que irrita. É que as vezes parece que alguém só te escuta depois que você tem um ataque de nervos

domingo, 6 de dezembro de 2009

Porque não era real...

    No meio da noite a jovem chorava como uma criança de colo...
    - Calma meu anjo, foi só um pesadelo...
    - Foi HORRÍVEL, mãe!!! Foi um sonho maravilhoso!!!
    - Hã?
    - Foi um dos piores sonhos da minha vida!!! Eu sonhei que tinha aquilo que mais queria e... !
    - E por que isso era um pesadelo?
    - Porque eu acordei e vi que não era real, mãe. Que jamais seria real.

"Quando minha esposa morreu, eu estava com ela..."

    Quando minha esposa morreu de câncer, eu estava com ela no quarto.
    Eu estava sentado ao seu lado com um rosário na mão, rezando e chorando. E ela não parava de olhar em volta, de um lado para o outro. Não olhou para mim uma única vez.
    Até que ela se foi.
    Os enfermeiros vieram e levaram o corpo.
    E até hoje eu lembro nitidamente o dia de sua morte. O jeito como ela olhava fixamente para todos ao seu redor...
    Mesmo estando sozinhos no quarto.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

...Seu cabelo era loiro e sedoso e seu sorriso brilhava. Perfeito.

    O ar gelado da noite ajudava a pensar e pensar era tudo que Susana queria fazer naquele momento. Sentada de frente para a sacada de seu apartamento, observando a vista, com um chambre e uma taça de vinho na mão, ela tinha uma decisão a tomar.
    Fechou os olhos e uma lembrança lhe ocorreu. Ela tinha 14 anos e era sua primeira vez. Esrava com medo - muito medo- não sabia direito o que esperar e ela o amava; Meu Deus e como amava! Um minuto sem ele era uma tortura. Seu desejo não era bem por sexo - isso era mais "curiosidade" - seu desejo era por ele. E se o que ele queria era sexo então Susana queria sexo. Por que não? Ele era um pouco mais velho e muito mais experiente; ela se sentia segura e protegida ao seu lado. E ele ainda lhe sussurrava que não a machucaria... Que não precisava ter medo... Que tudo o que tinha que fazer era relaxar... Que...
    Susana riu.
    Era bom lembrar da jovem que um dia fora mas essa lembrança (outras também, mas essa em especial) a fizeram pensar, e muito...
    Pensar que ela nunca vivera realmente para ela. Nunca fizera suas escolhas pensando nela. Carreira, trabalho, casamento, marido, filhos... Nunca ela realmente. Casara cedo, 17 anos; agora, com três filhos - um estudando no exterior e outros dois que também já não moravam mais com ela - e três ex-maridos - dois divórcios ao descobrir as amantes que podiam ter a idade de sua filha e um que morrera de infarto; tinha quase 60 anos e ela já não se importava com garotinhas mesmo -, ela pensava...
    Nunca fizera as viagens que queria. Nunca aprendera a surfar nem dançar tango. Nunca tivera uma noite com um desconhecido. Nunca bebera "até cair". Jamais deixara o trabalho mais cedo sem motivo algum, apenas porque era sexta e o dia estava lindo mesmo. Nunca esquiara. Não fizera uma tatuagem...
    Hoje com 46 anos, já sem crianças dentro de casa, sem casamentos para sustentar, sem esposos, com um emprego estável, fazendo aquilo que queria fazer, com uma espaçosa casa, um corpo que ainda fazia parar algum homem na rua, com uma bela taça de vinho e uma vista perfeita, ela se perguntava...
    Por que se anulara tanto?
    Por que levara tanto tempo para ver isso? Por que abraçara por tanto tempo mais seu trabalho do que seu marido ou seus filhos? Ou melhor, por que abraçara mais do que fora abraçada? Por que nunca dissera "eu quero" antes? Meu Deus! POR QUE nunca parara para pensar no que ela queria?!
    Bom, foi fazendo a si mesma perguntas assim que ela tomara sua decisão...
    A campainha tocou e ela foi atender.
    - Oi, meu nome é...
    - Marcos.
    - Sim, isso mesmo. E você é Susana.
    Seu cabelo era loiro e sedoso, seu sorriso brilhava. Perfeito.
    Fez sinal para que entrasse, fechou a porta suavemente e lhe estendeu uma taça.
    - Já trabalhou com nossa agencia antes?
    - Não.
    - Hm... - ele correu os olhos pelo aposento - Belo apartamento. Então, Susana, em que você tr...
    - Sabe, não precisamos conversar - disse e tirou a taça de sua mão delicadamente.
    Ele a encarou por meio segundo antes de envolver sua cintura.   
    - Você prefere no quarto ou aqui na sala?
    Com uma boca jovem em seu pescoço ela pensava... É, devia ter dito DANE-SE amigos, família, carreira e aparências há muuuito tempo mesmo...