quinta-feira, 12 de novembro de 2009

As vezes....


As vezes eu queria morrer só pra não ter mais que ver...

    E Ah... Seria tão bom se longe dos olhos fosse realmente bem longe do coração...
    Mas nem faria taaanta diferença assim... Até mesmo porque, você pode até conseguir deixar longe dos olhos, quero ver é você tirar da sua cabeça! E alguns até conseguem (pouquíssimos sem maiores esforços ou sacrifícios)... Mas o que ninguém (ninguém MESMO) consegue, é tirar do coração. (E que ninguém me venha tentar mentir! Uma vez lá dentro... É impossível tirar)
    Corações não deviam ser representados na forma que realmente lembra um "ésse dois", e sim na forma de um capetinha, que é o que eles realmente são!
    Corações pegam lembranças e se fecham à sete chaves com elas até para nós mesmos. Mas e aí, o que fazer? Não é como um vizinho barulhento que você bate na porta e pede para ele abaixar o som que amanhã cedo você trabalha e tal... Não, a política da boa vizinhança não funciona com capetinhas corações. Negociações também improvavelmente dão resultados. Mas o que se passa dentro dele? O que ele faz com tais lembranças? Se deleita-se, se chora, se ri, se faz trabalhos em encruzilhadas, se espuma de raiva... Ninguém sabe ao certo. Você só sabe quando sente... Aquela pontadinha de dor, aquela coisa que do nada te vem à mente, que mesmo depois de milenios ainda é engraçada (ou que agora virou engraçada), aquele ar de ironia que invade seu humor, aquele ódio tremendo quando você lembra de algo e viu que na hora podia ter dito mil coisas (!!!) mas que não disse nada... Enfim, você só tem uma vaga ideia quando sente.
    E que triste é quando isso te faz chorar. Mas não um acesso de choro, não! É quando isso te faz chorar de dor. De dor mesmo! Quando o choro não é desesperado nem estridente como o de uma criança, pelo contrário! É aquele choro baixinho... Que vem e acaba com você; é quando a dor é tanta que você não tem forças pra mais nada (nem mesmo chorar ou sair correndo pra qualquer lugar, bem longe desse bendito coração)... Mulheres mais do que ninguém sabem o que é isso. (E que seja apedrejada em praça pública a mentirosa que depois de uma vida inteira, vir dizer que nunca chorou por uma lembrança... Que nunca chorou sem ter emoção alguma, mas apenas porque... Porque doía, mesmo!)
    Eu volto e leio mil vezes as coisas que já escrevi (as lembrei no segundo seguinte e tive tempo de escrever e mesmo de salvar, pelo ao menos) e entre milhares, um pensamento me vem à mente... Que bom seria também, se o tempo realmente curasse e/ou pudesse apagar ou pelo ao menos amenizar o sentimento que está aqui agora; e não apenas nos fizesse acostumar com o mesmo, dando a impressão de que "dói" menos...
    Sim, que bom seria. Mas "tudo muda e certas coisas nunca mudam". Porém NÓS mudamos... Descobrimos novas ideias, novos ideais, novos pontos de vista, novas maneiras de ser e estar... O mundo muda o tempo todo e nós, querendo ou não, mudamos com ele. Por mais mínima que seja, uma coisa qualquer muda você. Você muda até (e como muda) seus pensamentos!
    Mas e o seu coração?
    Bom, eu sou da opinião que... Bem, que... Que não faço a mínima ideia, pra falar a verdade; mas que como tudo e todos, eu também posso mudar e um dia acabar descobrindo. (E que seja breve esse dia, Deus)
    Talvez eu acabe apagando esse post até porque ele não tem nada ha ver com os textos que eu idealizei pôr nesse blog... Ou quem sabe o deixe aqui mesmo, pra um dia também relê-lo e ver como mudei... E lembrar como nesse dia, detestava esse sádico sarcástico coração...
    Que pode ainda nem ser aquilo que penso que seja... Talvez até queira me ajudar tentando me mostrar um caminho e eu, cheia de emoções, crenças, medos, autoconfianças e teimosia, não consigo enxergar...
    Bem...
    Mas talvez.
    SÓ talvez.

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